18 de junho de 2012

Triste fim e o meio.

Não é triste de verdade o triste que resiste. Ao menos é nisso que queremos acreditar. Que a resistência, a resiliência ou simplesmente que a insistência em não aceitar a ocorrência é de uma beleza romântica, vista apenas por aqueles que estão à distância, livres das circunstâncias da malfadada instância.

Ora, a força está em levantar sempre que for agredido, estiver contundido ou tiver sido ofendido, mesmo que a mão que bate seja de um não arrependido. Hora! Ela que passa, repassa e devasta, especialmente aqueles que teimam em esperar.

Acabo de ser surpreendido por alguém que foi por mim agredido. E, se você está espantado pela repetição da palavra, saiba que repetição foi o que aconteceu agora. Tempo após tempo, vento após vento, uma sucessão bem-sucedida de ofensas, ataques, dos passivos e dos outros, bastante ativos, mas todos tendo como resultado o pensamento. O "e se?". Mesmo tanto eu quanto ela sabendo que o simples fato de haver a dúvida nos coloca em dívida. Eu comigo, ela consigo. Mas nunca nós conosco.

3 comentários:

Henrique Fogli disse...

Muito bom, cara!
Muito bom mesmo!

Di disse...

Porque agora além de tão brilhantemente brincar com as palavras, ele ainda o faz em prosa.

Exageradamente bom. Texto e contexto.

Anônimo disse...

Eu não sei bem como vim parar aqui, hoje, agora. Eu não sei bem o que eu sinto com relação ao seu texto (ou o que eu deveria sentir). A única coisa que eu sei é que você escreve muito bem e essa é uma característica que vento após vento, tempo após tempo, me encanta. Feliz resto do mês de junho. :-)